Alguém me vê
Me lê
Será que me lê?
Me vê
Nos corredores
O olho meio...
Aquilo
Eu afim...
Daquilo
Não sei conduzir a situação
Eu quero a relação
Um dia, dois dias, uma vida
Tesão
O pé eu meto num furacão
Alguém me vê
Eu vi que me viu
Cada gesto inusitado
Resposta eu aguardo
Um ou dois poemas
Eu não sei. Outro dia escrevi quatro coisas em estado catártico. Já sou assim, aquariano com grande prazer em estrelismo, resolvi compartilhar. O mundo precisa de poema. Eu preciso de poema. Por Caio Franco
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
terça-feira, 8 de novembro de 2016
Outra
Mais uma vez
eu aqui pedindo poesia e aplauso
Saudade já
senti outrora
Eu aqui,
outra vez, pedindo aplauso
Engolindo
choro e a boca...
Mais uma vez
eu
Sempre eu
Aqui, nudez
de alma suplicando por algo que não sabe
Ainda não, é
cedo mas não sabe o motivo
Horário de
verão clareia o início da noite
Ele gosta e
implora poesia
domingo, 30 de outubro de 2016
volta
depois de um tempo volta. meio bambo. solto. volta, depois um tempo, e deitado na cama eu recito o mesmo palavrão de sempre. e meio bambo, volta, solto como nunca antes. e preso. pelo tempo. prece desnecessária pelo tempo, preso, volta como antes já voltara um pouco frio. úmido. quente como nunca antes nos sonhos de outro. volta pois é próprio da esfera daquele corpo. a roupa não tira. ao menos a alma podia despir.
um gole de cerveja
um gole de café
volta e depois sai, perambulante como antes. como dante. e meio bambo fica o chão. um não. ou não, perambulante fica o chão como nunca antes. e agora não sofro mais. disso. não sei se sofro disso enquanto escrevo. e volta como a chuva. depois cessa. eu fico meio bambo, úmido, quente. frio. nunca morno, ameno ou coisa do tipo.
um gole de cerveja
um gole de café
volta e depois sai, perambulante como antes. como dante. e meio bambo fica o chão. um não. ou não, perambulante fica o chão como nunca antes. e agora não sofro mais. disso. não sei se sofro disso enquanto escrevo. e volta como a chuva. depois cessa. eu fico meio bambo, úmido, quente. frio. nunca morno, ameno ou coisa do tipo.
sábado, 6 de agosto de 2016
A[manhã] erótico
Nunca foi bom dormindo
E é bom de cama
Garante aos garotos
E garante um café pela manhã
Beijo na boca
Clichê romântico - sem flores
Abraço
Poeminha soprado no ouvido
Listen: "I love the way you lick me"
E o dia amanhece pornográfico
E é bom de cama
Garante aos garotos
E garante um café pela manhã
Beijo na boca
Clichê romântico - sem flores
Abraço
Poeminha soprado no ouvido
Listen: "I love the way you lick me"
E o dia amanhece pornográfico
terça-feira, 2 de agosto de 2016
domingo, 17 de julho de 2016
Imposição às mudanças
Ele muda o quarto
É domingo
Muda mais que troca de roupa
Reinventa a disposição das madeiras-mobília
Depois, para olhando os quadros nas paredes
Parecem não fazer mais sentido
Deixa lá, subversivos ao alinhamento dos móveis
E o menino preciso de mudanças
E a vida dele não se basta nas pequenas emoções semanais
Vela em garrafas de vinho vazias
Meditação: respiração matinal
Cai o mundo e Caio muda o quarto esperando mudar-se
É domingo
Muda mais que troca de roupa
Reinventa a disposição das madeiras-mobília
Depois, para olhando os quadros nas paredes
Parecem não fazer mais sentido
Deixa lá, subversivos ao alinhamento dos móveis
E o menino preciso de mudanças
E a vida dele não se basta nas pequenas emoções semanais
Vela em garrafas de vinho vazias
Meditação: respiração matinal
Cai o mundo e Caio muda o quarto esperando mudar-se
domingo, 12 de junho de 2016
Atraso
Olhei nos olhos dele
Depois nas mãos
No movimento inquieto daquelas mãos
Veio a conversa alheia
Eu todo interessado
Numa tarde da cidade antiga
Eu atrasado mais de um ano
Um outro atraso de quinze minutos
Surpresa
E a carga dessa vida digital
Eu, penúltimo romântico
De sobra chegou domingo
Dias dos namorados passo sozinho
Aceito, por fim, uma furadeira de presente
E um desses "alguéns" dispostos a furar
Meu bloqueio: parede de concreto-coração
Depois nas mãos
No movimento inquieto daquelas mãos
Veio a conversa alheia
Eu todo interessado
Numa tarde da cidade antiga
Eu atrasado mais de um ano
Um outro atraso de quinze minutos
Surpresa
E a carga dessa vida digital
Eu, penúltimo romântico
De sobra chegou domingo
Dias dos namorados passo sozinho
Aceito, por fim, uma furadeira de presente
E um desses "alguéns" dispostos a furar
Meu bloqueio: parede de concreto-coração
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